Breve nota sobre o banheiro
As
paredes que rodeiam o local onde aliviamos nossas “necessidades”, o claustro
sagrado da nossa privacidade. Encontramos paredes encharcadas de uma peculiar
poesia, também preenchida com grandes putarias, perseguições raciais e até
questionamentos sexuais.
Um
lugar onde meditamos – OBRAMOS – evacuamos melancolias, lembramos de alegrias. Espaço
onde botamos nossas leituras em dia, fazemos planos, fazemos força. Lá algumas ideias
surgem e outras vão embora.
Também
fazemos coisas que aqui seriam impróprias de falar, são momentos pessoais, de
desejos carnais. Além disso cantamos, choramos, gritamos e principalmente nos
lavamos.
Por
vezes não conseguimos usar o de outros lugares, preferimos o da nossa casa. Mas
em outros lugares encontramos, preenchido nas paredes, os rastros dos seres, que
de certa forma tentaram expressar suas felicidades, desejos, angustias ou
simplesmente estavam entediados com o que estavam a fazer, inundando as paredes de riscos e traços, desenhos e palavras.
Não
pretendo me prolongar, pois como diz o título é uma breve nota sobre o banheiro,
não tantas coisas que esses pequenos espaços nos proporciona que um dia alguém
acaba escrevendo uma Tese.
[Se achar conveniente, procure por um banheiro de um lugar público e tente decifrar o que existe escrito em suas paredes.]
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